Ganhar a Série B do Brasileirão é um privilégio para poucos. Além do troféu que vai para a galeria do clube, a conquista marca o recomeço de uma equipe na elite do Brasileirão.
Desde que a segundona adotou o modelo de pontos corridos, o equilíbrio ao longo da temporada passou a ser um critério decisivo para todas as equipes que sonham com o acesso no ano seguinte.
Para subir, é preciso ter um bom time. Com isso, as expectativas crescem para o ano seguinte, mas nem todas as equipes conseguem manter o bom nível jogando na elite do futebol nacional. Confira abaixo alguns exemplos.
Campeões da Série B que frustraram no ano seguinte
Um campeão da Série B chega carregado de expectativas para a primeira divisão na temporada seguinte. É claro que não estamos falando de briga direta pelo título, mas pelo menos uma campanha digna do troféu conquistado no ano anterior.
A diferença técnica entre as séries A e B é uma temática atual e muito importante para entender a dinâmica dos nossos campeonatos. Afinal, um bom time da segunda divisão nem sempre conseguirá se destacar na elite do futebol brasileiro.
Abaixo, trouxemos três exemplos que explicam na prática que nem sempre um boa campanha na segundona é a garantia de sucesso no ano seguinte.
Joinville: do título em 2014 ao fracasso em 2015
Na temporada de 2014, o Joinville viveu um dos seus últimos grandes momentos recentes. O título na Série B veio na penúltima rodada e sacramentou uma temporada marcante para o time comandado por Hemerson Maria.
De volta à elite do Brasileirão no ano seguinte, o JEC chegou motivado para um desafio ainda maior. No entanto, a temporada de 2015 não engrenou, e a campanha na primeira divisão foi abaixo das expectativas.
Com apenas 31 pontos conquistados em 38 rodadas, o Joinville terminou o Brasileirão daquela temporada com a última colocação. Desde então, o time catarinense não voltou mais para a elite do futebol nacional.
Atlético-GO: a queda repentina do Dragão em 2017
Os torcedores do Atlético-GO estão mais habituados com a disputa da Série A do Brasileirão. No entanto, um dos grandes desafios do Dragão é manter-se na elite sem contabilizar nenhuma queda. Em 2017, o clube goiano sofreu um baque e carregou lições para o futuro.
No ano anterior, o Atlético-GO fez uma campanha história na segundona. Com incríveis 10 pontos de vantagem sobre o vice-líder, a equipe rubro-negra terminou a sua jornada na Série B com 76 pontos e um título inconstestável.
Sob o comando de Marcelo Cabo, o Dragão chegou para o ano seguinte com grandes expectativas. No entanto, todo o planejamento rubro-negro fracassou e a equipe terminou a Série A na lanterna.
Foram apenas 36 pontos conquistados na primeira divisão de 2017, e o Atlético-GO precisou voltar à segundona para reconstruir um projeto que não funcionou naquele ano.
Chapecoense: dificuldades para a reconstrução marcaram a queda em 2021
A Chapecoense chegou à Série B de 2020 com a missão de garantir o seu retorno à elite. Mesmo com equipes tradicionais na disputa, incluindo o Cruzeiro, o time comandado por Umberto Louzer fez bonito e fechou o ano com o título.
Em briga direta com o América-MG, o Verdão conquistou o troféu na última rodada e fechou um ciclo importante para a sequência do trabalho. No ano seguinte, a expectativa era de uma campanha sólida na elite do Brasileirão, mas nada disso aconteceu.
Apesar de contar com jogadores experientes e uma diretoria acostumada a jogar a Série A, os problemas financeiros e a queda na qualidade técnica do elenco contribuíram diretamente para mais uma queda.
Desde então, a Chapecoense disputa a Série B do Brasileirão e tenta se reconstruir para, quem sabe, alcançar novamente um espaço de protagonismo entre os gigantes do futebol nacional.
